sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Resumo importante - Sara Cristina- 1811-2011


PROJETOS DE APRENDIZAGEM INTERDISCIPLINARES NA ESCOLA RE-SIGNIFICAM A PRÁTICA PEDAGÓGICA


PEREIRA, Sara Cristina Gomes, CEFAPRO-Sinop/MT/FAPEMAT
REY, Ketheley Leite Freire, CEFAPRO- Sinop/MT/ FAPEMAT
WEBER, Marcia, CEFAPRO, Sinop/MT/ FAPEMAT


O presente relato leva-nos a uma reflexão sobre a importância da Formação Continuada sob a ótica do modelo construtivista ou interativo reflexivo, modelo este que permite a atualização dos profissionais da educação básica em seu lócus de trabalho. Apresenta uma proposta de Formação Continuada com foco nos Projetos de Aprendizagem sob a égide do construtivismo proposto por Piaget, metodologia esta iniciada no Rio Grande Sul, desde 1997 e que vem se estendendo por várias regiões do Brasil. Em Mato Grosso, tem ganhado força na última década por conta das Políticas Públicas voltadas para a Formação Humana. O texto discute a possibilidade de que a atuação pedagógica seja respaldada pela pesquisa na perspectiva da pesquisa-ação proposta por Thiollent, que favorece a atuação sob a ótica da ação-reflexão-ação. Buscamos pautar-nos em autores como Candau, Fusari, Huberman, Nóvoa, Mizukami e Piaget para o apoio nas discussões sobre a importância de olharmos a Formação Continuada ancorada no Construtivismo e sob a autoria de Fagundes, Sato e Maçada para respaldar-nos nos estudos com os Projetos de Aprendizagem. Outra autora citada é Fazenda, pois ao trabalhar com Projetos de Aprendizagem na escola necessitamos compreender como se dá o trabalho escolar pelo viés da interdisciplinaridade. Apresentamos recortes de depoimentos de educadores que atualmente falam sobre este modelo de Formação Continuada bem como sua importância para a consolidação e o fortalecimento da transposição didática. Nossas reflexões apontam para a Formação Continuada, como possibilidade de participação interativa, construtiva e dinâmica dos diversos envolvidos neste processo, tendo o ambiente escolar como cenário para as ações. Ao trabalhar com os Projetos de Aprendizagem reconhecemos que a Formação Continuada gestada e gerida pelos próprios profissionais da educação terá mais êxito e gerará mais participação e desejo de transformações, quando o professor/educador for de fato o protagonista do seu desenvolvimento profissional, tendo a possibilidade de em tempo real aliar teoria/prática não necessariamente nesta ordem, desde que lhe sejam garantidas condições de formação atuação e reflexão, respeito ao seu tempo e ritmo para aprofundamento teórico e metodológico, conforme evidenciado nas falas - das coordenadoras pedagógicas, nesse caso essas falas foram de fundamental importância para constatarmos a importância desta ação educativa. Nesta perspectiva concebemos a Formação Continuada como um movimento necessário, processual, contínuo e oportuno na contextualização e re-significação das práticas pedagógicas. A participação neste Projeto de Pesquisa, nos leva a seguinte reflexão: Se temos como objetivo satisfazer as necessidades básicas de aprendizagem de todos, universalizar o acesso à Educação e promover a equidade na educação, não podemos desconsiderar as reais demandas formativas dos profissionais das escolas. Dessa forma, o projeto de pesquisa interinstitucional possibilita a compreensão de que a Formação Continuada alicerçada no modelo Construtivista poderá atender as reais necessidades de formação dos educadores.

Palavras-chave: Formação Continuada, Projeto de Aprendizagem, Práticas Pedagógicas, Interdisciplinaridade.

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Professoras do Cefapro Sara Cristina e Márcia Weber participam de Formação - Olimpíada de Língua Portuguesa - Escrevendo o Futuro em Cuiabá nos dias 11 a 13 de Novembro.

Nos dias 11 a 13 de Novembro aconteceu em Cuiabá a Formação para os técnicos da Olimpíada de Lingua Portuguesa. Na ocasião as professoras Sara e Márcia puderam receber novas orientações para a Formação a ser desenvolvida no primeiro semestre de 2012. Na ocasião a Doutora Simone de Jesus Padilha da UFMT, forneceu orientações teórico-metodológicas para o trabalho com a leitura a escrita e a produção de textos com o objetivo de preparar os professores para o trabalho com a Olimpíada de Lingua Portuguesa.
Outra orientação importante diz respeito à concepção de Linguagem proposta pela Olimpíada tendo a Linguagem como Interação proposta por Bakhtin e Vygotsky. Varias atividades foram desenvolvidas permitindo que as formadoras se reorganizem para a Formação com os professores das escolas do Polo.
Outras reflexões foram feitas como conceitos sobre Gênero do Discurso e Gênero Textual. Elementos pré-textuais que contribuem para o entendimento do texto. Condições de Produção Textual.
As informações recebidas foram bem pertinentes, assim como a interação com outros colegas de Formação. 
Outro momento especial foi ouvir as experiências dos professores finalista de Mato Grosso, este momento foi emocionante.


Sara Cristina/Cefapro-Sinop-MT.

Relato de Experiência no SEMIEDU 2011- Professoras Sara Cristina e Ketheley Rey-Cefapro-Sinop-MT.


PROJETOS DE APRENDIZAGEM: RELATO DE EXPERIÊNCIA COM CICLOS DE FORMAÇÃO HUMANA EM SINOP-MT

PEREIRA, Sara C. Gomes - CEFAPRO-Sinop/sara.pereira@mt.gov.brSEDUC-MT
REY, Ketheley Leite Freire - CEFAPRO-Sinop/SEDUC-MT

Resumo
Este texto consiste em um relato de experiência dos Projetos de Aprendizagem com o uso das Tecnologias desenvolvido na Escola Estadual Paulo Freire, em Sinop-MT, proposto pelo CEFAPRO em parceria com UNEMAT/FAPEMAT, no período de 2006/2011. Esta alternativa metodológica vem ao encontro da proposta educacional para o estado de Mato Grosso, uma vez que a organização curricular por Ciclos de Formação Humana demanda reformulações curriculares, mudanças metodológicas na forma de planejar, atuar e avaliar, dando lugar a um currículo flexível e contextualizado para com os anseios da comunidade a qual serve, permitindo que o educando também participe de sua elaboração e implementação, construindo e re-construindo um currículo para Formação Humana, com conhecimentos relacionados a vivência do aluno, às realidades regionais, culturais e cotidiana. Nessa perspectiva, a metodologia referenciada propõe formas alternativas de tornar a aprendizagem significativa no processo de construção do conhecimento. Observando resultados desta ação na escola, percebemos que o ensino por Projetos de Aprendizagem de fato possibilita a diminuição dos registros de violência, propicia o aumento do interesse dos alunos em construir sua aprendizagem, os professores sentem mais prazer em trabalhar na instituição, pois compartilham com os alunos a responsabilidade pelos resultados da construção do conhecimento. Constatamos também, um clima de companheirismo e parceria nas atividades desenvolvidas na escola. Professores e alunos são constantes pesquisadores onde um colabora com a construção do conhecimento do outro e a autonomia de ambos é preservada consolidando assim um currículo que privilegia o tempo e ritmo de cada estudante, proposta esta assegurada na concepção da escola Organizada por Ciclos de Formação Humana.
Palavras-chave: Currículo, Ciclos, Formação Humana, Projetos.

A Organização por Ciclos no Estado de Mato Grosso
  Embora saibamos que a Organização Escolar por Ciclos no exterior e no Brasil antecede a década de 90, no Estado de Mato Grosso isto acontece mais contundentemente com o projeto Terra (1996) e com a experimentação dos CBAs (Ciclo Básico de Alfabetização) a partir 1998 começando assim a escalada de construção de uma nova perspectiva educacional para o ensino e neste sentido com a intensificação destes estudos, os profissionais da educação empenharam-se no sentido de viabilizar as reformas educacionais tão necessárias desde o ano 1996, observando então que no ano de 1999 os estudos sobre os Ciclos no Mato Grosso, começaram a tomar forma com a elaboração do Projeto Escola Ciclada (PEC), no qual houve a participação das Assessorias Pedagógicas de todo o Estado permitindo que deste encontro em fevereiro de 2000, fosse encaminhado às escolas um documento contendo orientações gerais para o trabalho nas instituições escolares intitulado "Escola Ciclada de Mato Grosso: Novos tempos e Espaços para ensinar-aprender a sentir, ser e fazer”.
Essa mudança no modo de conceber a educação pública em Mato Grosso modifica não só a organização curricular, mas a concepção de educação em sua totalidade, pois a escola constituída sob princípios do conhecimento (seriado) gradativamente passa a dar lugar a uma escola orientada pelos princípios da sociabilidade (Escola Organizada por Ciclos). Sendo assim a organização por Ciclos passa a ser vista como possibilidade de superar a fragmentação curricular do modelo de escola seriada com o objetivo de valorizar o trabalho coletivo e os processos interdisciplinares de aprendizagem, bem como o fortalecimento humano de todos os envolvidos neste processo.
Com esta nova organização escolar acredita-se ter a possibilidade de avançar de uma escola com longa e cruel história de fracasso e exclusão supostamente neutra, que presta serviços a alguns para uma escola que se compromete politicamente com todas as classes e camadas sociais, tornando-se bem sucedida e de natureza inclusiva conforme abaixo delineado:
De uma escola acomodada que aceita com naturalidade a deserção a não aprendizagem significativa para uma escola que cria alternativas para garantir a permanência e a aprendizagem significativa...
De uma escola que avalia para classificar, enquadrar, rotular, reter, para uma escola em que a avaliação é entendida como parte do processo de aprendizagem, e constitui-se recurso de ensino aprendizagem...
De uma escola cujo conhecimento é trabalhado de forma compartimentada, fragmentada, para uma com atuação interdisciplinar...
De uma escola que considera apenas o sujeito cognitivo para uma que considera o sujeito sócio-histórico em sua plenitude...
De uma escola que espera aprender para fazer, para uma escola em que se aprende fazendo (MATO GROSSO, 2000, p.20)
É neste sentido que o empenho das escolas Estaduais de Mato Grosso desde 1996 com apenas 22 escolas Organizadas por Ciclos alcançaram sua plenitude em 2010 tendo todas as Escolas do Estado de Mato Grosso inseridas nesta Forma de Organização Escolar.

Refletindo sobre os Ciclos de Formação Humana
Segundo o Dicionário Aurélio, Ciclos correspondem a “...Uma série de fenômenos que se repetem numa ordem determinada”. Neste sentido a palavra “Ciclos nos remete algumas vezes a ideia de naturalismo ou a processos que naturalmente se completam, etapas que se cumprem, círculos que se fecham”. Ao voltarmos nossa atenção para a Organização Escolar por Ciclos de Formação Humana nos vem à mente então algumas questões como: A qual Ciclo nos referimos? Ciclos de que? Ciclos de aprendizagem? Ciclos de vida?
Para Perrenoud (2004) “Um ciclo de aprendizagem é um ciclo de estudos no qual não há reprovação”. Neste sentido, surge a seguinte questão: Será que esta “Organização Curricular”, objetiva apenas a não reprovação e ou retenção dos alunos, se assim fosse, como ficaria o compromisso do professor/educador com a aprendizagem dos alunos? Será que este compromisso está ligado unicamente à forma de organização curricular? Neste sentido a questão levantada é: será que apenas mudando a forma de Organização Curricular perde-se o compromisso do profissional com a aprendizagem dos alunos? Sabemos que não.
Porém um olhar mais atento a esta forma de Organização Curricular, apontam outras finalidades para a mudança neste sentido Freitas (2003) fundamentando-se no educador russo do século XX Pistrak, autor citado por Krug (2001) relembra-nos que a Organização por Ciclos viabiliza o respeito ao desenvolvimento humano possibilitando também o desenvolvimento social de formação do indivíduo.
Sendo assim a Organização por Ciclos não será meramente uma solução pedagógica para sanar problemas de ordem estrutural, mas uma Organização Curricular que possibilita o desenvolvimento de novas relações sociais, onde os tempos e os espaços escolares são colocados a serviço de novas relações de poder entre estudantes e professores.
Desta forma, a escola pública constituída com fins e princípios ligados apenas a aquisição de conhecimento de conteúdos descontextualizados e fragmentados distante da realidade sócio-cultural e histórica do aprendiz passa a dar lugar a uma Organização Escolar com princípios orientados pelo respeito ao ser humano e as relações sociais solidárias.
A escola passa a ter um currículo interdisciplinar. Ao adotar a interdisciplinaridade curricular não significará o abandono das disciplinas, mas a articulação entre elas com o propósito de articular mundo real e hipotético interação social, cultural e natural, com fins de que a aprendizagem possibilite ao educando se integrar a sociedade de modo ativo interagindo e interferindo sobre ela. Isso se confirma com as palavras de Fazenda (1993) quando diz que a interdisciplinaridade depende basicamente de uma mudança de atitude perante o problema do conhecimento, da substituição de uma concepção fragmentária do ser humano. Sendo assim, o Currículo interdisciplinar não se prende mais no “que” se transmite, mas no “como” se constrói o conhecimento.
Outra questão relevante, diz respeito à necessidade de se lançarem novos olhares em relação ao papel da avaliação na Escola Organizada por Ciclos de Formação Humana. Certamente não será mais o de classificar, excluir, medir etc, mas sim o de oferecer pistas para professores e estudantes re-alinharem os trabalhos na escola. No caso especifico da avaliação feita pelo professor deverá estar centrada na aprendizagem, no que o aluno consegue construir em termos de aprendizagem significativa bem como no re-planejamento dos objetivos e atividades pedagógicas, considerando a avaliação como processo desconstruindo a dicotomia metodologia-avaliação e favorecendo as relações entre alunos/alunos e entre esses e os professores, neste sentido uma avaliação diagnóstica, processual e formativa alcançarão os resultados esperados segundo Pereira (2009).

Escola Organizada Por Ciclos de Formação Humana e o Trabalho com Projetos de Aprendizagem em Sinop - Uma Experiência de sucesso
A Escola Estadual Paulo Freire no município de Sinop-MT, foi fundada com as modalidades de Ensino Fundamental e Médio, teve a princípio sua organização por ciclos acontecendo de forma gradativa desde 2003, sendo o primeiro ciclo completo e a “1ª fase do II ciclo”, com as demais turmas na organização por séries, organização um tanto complicada na época, pois trabalhar as duas modalidades ao mesmo tempo, demandava domínio de metodologias, planejamentos e avaliações bem diversos e até certo ponto contraditórios. Porém aos poucos os professores bem como os pais foram compreendendo como se dava a nova organização escolar por ciclos compreendendo através de várias reuniões e estudos no decorrer do processo à possibilidade de que aquela comunidade escolar tivesse certo grau de segurança em se desprender totalmente das séries e aderir aos ciclos.
No interim a escola lidava com altos índices de violência, apatia e desinteresse por parte dos alunos. A sala da direção e coordenação era lugar de se registrar inúmeras advertências e a desarmonia era notória. Professores e demais profissionais quando designados para trabalhar nesta escola ficavam inseguros tentavam de todas as formas outra escola para trabalhar, vários rótulos eram dados a esta escola lamentavelmente, percebendo então que mudanças metodológicas eram necessárias foram sendo feitos ajustes e com esta finalidade nos anos 2004 e 2005 o trabalho dos profissionais nesta instituição voltou-se para os projetos de Ensino, porém o desinteresse e a apatia dos alunos ainda permaneciam.
Então em 2006 o CEFAPRO (Centro de Formação e Atualização de Profissionais da Educação Básica de Mato Grosso) em pareceria com a UNEMAT (Universidade do Estado de Mato Grosso) e financiado pela FAPEMAT (Fundação de Amparo à Pesquisa de Mato Grosso) apresentaram um proposta metodológica diferenciada, que a essa altura já tinha sua organização com os dois primeiros ciclos completos. A proposta era trabalhar “Projetos de Aprendizagem com o uso das Tecnologias”, baseada nas experiências realizadas por FAGUNDES E MAÇADA (1999) no Rio Grande do Sul.
A escolha da escola como laboratório de pesquisa pelo TICPROJ (Formação Continuada de Professores para a Integração das tecnologias da Informação e da Comunicação aliada à Metodologia de Projetos) se deu justamente por ser uma das escolas do município que já trabalhavam com “Ciclos” e também possuir laboratório de informática, bem como um cronograma de estudos previstos para o “Projeto Sala de Professor”. Então, foram viabilizados os fóruns, ou seja, reuniões para planejamento e estudo, à medida que as dúvidas dos professores pesquisadores iam surgindo.
Os estudos contemplavam assuntos diversos desde a Historicidade e Implementação dos Ciclos no Estado de Mato Grosso até a utilização das Tecnologias como recurso e auxilio pedagógico. Tal metodologia constituía-se em um grande desafio, pois todos os envolvidos no processo precisavam compreender principalmente o que eram Projetos de Aprendizagem Interdisciplinar?
Para isso, todos os segmentos escolares envolvidos tiveram que se reorganizar, então coube a Equipe Técnica da escola (re) alinhar registros, providenciando novos instrumentos pedagógicos e avaliativos com o fim de acompanhar a aprendizagem de cada aluno. Para tal, diversos instrumentos foram sendo re-elaborados, instrumentos estes já propostos pela Escola Organizada por Ciclos de Formação Humana. Outra equipe escolar chamada a se reorganizar foi à equipe de apoio, pois em uma escola que trabalha por Projetos de Aprendizagem os tempos e a organização escolar mudam, com esta finalidade estes profissionais passaram a organizar a escola de maneira que os trabalhos fluíssem nas mais diversas dependências sem que com isso a escola se tornasse um caos.
Quanto à equipe Pedagógica coube dentre outras atividades a organização das reuniões em Sala de Professor, acompanhar todos os registros tanto de professores quanto de alunos à medida que as pesquisas iam acontecendo agendar e receber colaboradores, palestrantes, bem como organizar materiais adequados. Sendo assim as pesquisas, oficinas e palestras aconteciam no decorrer de todo o ano letivo. Reestruturar a documentação pedagógica a fim de que a identidade da escola estivesse legalmente documentada e neste sentido reformular o Projeto Político Pedagógico da escola, o Projeto Sala de Professor, dentre outros registros para que de fato se harmonizassem com esta nova organização escolar.
A equipe Gestora coube dentre outras atividades, a de acompanhar todo o processo e assegurar que a qualidade do Ensino fosse preservada, bem como articular tais ações junto a todas as esferas da comunidade escolar com a finalidade de beneficiá-la tanto com o desenvolvimento bem como com os resultados das pesquisas. Nesta forma de trabalho a autonomia tanto do professor quanto do aluno é fundamental, bem como a valorização dos conhecimentos prévios de ambos.
O inicio do trabalho então se deu a partir de uma pesquisa sócio-antropológica com a comunidade escolar com a finalidade de identificar os interesses daquela comunidade que por sua vez apontavam para quatro eixos de pesquisa como: Cultura, Saúde, Meio-Ambiente e Tecnologia. Com os eixos em mente foram sendo alinhados os interesses de cada turma a um assunto a ser pesquisado que serviria como ponto de referência para o planejamento Interdisciplinar de acordo com cada Ciclo e fase escolar é importante observar que os conteúdos regulares propostos para cada Ciclo estavam contemplados nos planejamentos, porém sem uma linearidade, pois tais conteúdos seriam desenvolvidos à medida que os projetos se desenvolvessem. Sendo assim alunos de 06 (seis) anos de idade em seu primeiro ano escolar já se constituíam pesquisadores e isto acontecia com os demais alunos até o Ensino Médio.

Considerações finais
A Escola Organizada por Ciclos de Formação Humana prevê o trabalho com Projetos é tornando o estudante protagonista da ação educativa, ou seja, o aluno pesquisador e tendo em vista que as pesquisas partem do interesse da maioria deles os mesmos se empenham em buscar seu crescimento intelectual e social.
Resultados obtidos na escola os registros de violência e desinteresse por parte dos alunos diminuíram consideravelmente, os professores atualmente sentem prazer em trabalhar nesta instituição, pois compartilham com os alunos a responsabilidade pelos resultados da construção do conhecimento dos mesmos, existe também um clima de companheirismo e parceria nas atividades desenvolvidas na escola. Professores e alunos são constantes pesquisadores um colabora com a construção do conhecimento do outro e a autonomia de ambos é preservada. Mudanças no aspecto físico da escola são notórias agora a escola permanece mais limpa e organizada, pois os próprios alunos contribuem para isto.
Percebemos então que a Organização da Escola Por Ciclos de Formação Humana tanto na Teoria quanto na Prática constitui-se uma construção possível.

Referências Bibliográficas:
BRASIL, Secretaria de Ensino fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: Ciências Naturais, Brasília: MEC, 1997 pg. 126
FAGUNDES, L.C., SATO, L.S. & MAÇADA, D. L. Aprendizes do futuro: as inovações começaram. Coleção Informatica para a mudança na Educação. ProInfo-MEC, 1999. Disponível em: <http://mathematikos.psico.ufrgs.br/textos.html>. Acesso em 05 Dez. 2006.
FAZENDA, I. C. A. Integração e interdisciplinaridade no ensino brasileiro, São Paulo. Edições Loyola, 1979.
FREITAS, L. C. Ciclos, seriação e avaliação. São Paulo: Editora Moderna, 2003
KRUG, A. Ciclos de formação: uma proposta transformadora. Porto Alegre: Mediação, 2001.
______________ Ciclos de Formação: Desafios da Teoria pedagógica para as praticas escolares, 2002.
MATO GROSSO, Secretaria de Estado de Educação. Escola Ciclada de Mato Grosso: Novos tempos e espaços para ensinar – aprender a sentir, ser e fazer. Cuiabá: Seduc. 2001.
PERRENOUD, P. Os ciclos de aprendizagem: um caminho para combater o fracasso escolar. Porto alegre: Artmed,2004.

domingo, 6 de novembro de 2011

Sala do Educador- Escola N.S.de Lourdes - 05 de novembro de 2011,

No último dia 05 de novembro no período vespertino os profissionais da escola N.S. de Lourdes e a professora Sara Cristina do CEFAPRO reuniram-se para o encerramento do Projeto Sala do Educador, logo após a avaliação oral e escrita, os profissionais puderam se deliciar com um delicioso lanche oferecido pelos profissionais. Segundo a avaliação feita pelos profissionais a formação continuada é muito importante, merecendo alguns ajustes no próximo ano para atender melhor aos participantes.

Parabéns aos profissionais desta instituição escolar pelo compromisso com a qualidade da educação.
Sara Cristina- Cefapro- Sinop- Mt.


Prova Brasil - Sinop- MT.

As avaliações da prova Brasil serão realizadas em Sinop-MT; dos dias 07 a 11 de novembro.
18 aplicadores trabalharão nesta  importante atividade.

Sara Cristina- CEFAPRO- SINOP-MT.